Fim de ano

Muito bem pessoas,

Chegamos ao final de 2005. Lá se foi meia década daquele que acreditamos ser o século das mudanças. Para aqueles que regojizavam, começamos mal pacas. Iraque, Bolívia, Tailândia, Timor, Sudão, Cuba, Honduras, Haiti, Moçambique. Estes e tantos outros sofreram (inclusive nós) pelas mãos dos divinos tanto superior quanto o inferior. Guerras, fome, miséria, catástrofes naturais ou não assolaram a terra e os povos. Por obra o acaso (que acaso?) os mais “fodidos” na história, como sempre, foram nós pobres que já não temos lágrimas para chorar os solavancos dados pela condições naturais (ou não) de nosso mundo. Então, dois passos adiante, um para trás. E assim caminha a humanidade (ainda duvido disso).

Neste fim de ano, não quero desejar boas festas e tampouco um feliz 2006 para vocês. Vocês simplesmente não precisam disso. Neste ano, quero desejar boas festas e um feliz 2006 para George W. Bush e sua grande nação; para William Gates III e sua grande empresa (põe grande nisso), aos “compadres” do parlamento europeu e também aos “compadres” do parlamento brasileiro. Quero desejar um 2006 com muito trabalho e dedicação para a RIAA, para a ABES, para o ECAD e para todas as grandes entidades de “classe” nacionais e internacionais. Que seja um ano repleto de suor e dedicação.

Mas quero desejar tudo isso à estes pois o “livre” está chegando. Está chegando pelo conhecimento compartilhado entre aqueles que desejam um mundo sem palestinos assassinados, sem mulheres sudanesas multiladas, sem venezuelanos subjulgados, sem brasileiros otários. Está chegando pela informação fluída entre os grilhões das Globos, CNNs e MTVs, mediante as redes P2P, torrent’s, blogs, podcasts e outros meios que deixam a verdade e o conhecimento diante daqueles que precisam e o desejam. Está chegando por meio de programas livres e protocolos abertos que detonam as amarras do monopólio cerebral que hoje conhecemos.

Acreditem, eles vão precisar mais que nós de um feliz natal e um 2006 feliz pois juntos, iremos mostrar do que somos capazes. Sabemos fazer, sabemos criar. Mas acima disso, sabemos o quanto outros precisam da liberdade.

Então companheiros, que desejemos à eles muita saúde pois paz não terão. Iremos enfernizar, iremos assolar, iremos pilhar, iremos atropelar. Se estivermos juntos, faremos o nosso 2006 e a próxima meia década, muito diferente do que antes, tanto para nós quanto para eles.

À todos vocês companheiros que acreditam que a liberdade não é estado mas sim necessidade, saudações livres.